GENIVAL TOURINHO
Jornal de Notícias, 01.04.2008
No final da década de 1970, a Petrobrás perfurou quatro poços na região norte-mineira. Três deles deram resultados positivos: continham gás”, disse ontem o ex-deputado e advogado Genival Tourinho à reportagem do JORNAL DE NOTICIAS.
Genival participou em Brasília, no último dia 27 de março, como convidado especial, da audiência pública do Senado onde se discutiu a exploração do gás na região. A audiência havia sido solicitada pelo senador Eduardo Azeredo, e contou com a presença de vários deputados estaduais e federais norte-mineiros, entre eles Humberto Souto. O ex-deputado, cassado no Governo Geisel na década de 1980, por ter denunciado a Operação Cristal, lembrou ao presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que fazia parte da mesa, juntamente com ele, Guilherme Estrela e Magna Silva, estes dois diretores de Perfuração e Exploração da Petrobrás, dos poços perfurados, e revelou o resultado da pesquisa realizada naquela época.
Haroldo Lima, presidente da ANP, havia mencionado que na década de 1970 a empresa havia realizado três perfurações no solo mineiro. Genival o corrigiu: foram quatro, e em três poços o resultado havia sido positivo. Estes poços estão nos municípios de Três Marias, Buritizeiro e Montalvânia.
Lima reclamou ainda que a Agência tem pouca verba para trabalhar em pesquisas. Isto fez Genival Tourinho lembrou ao presidente que a Agência é reguladora, e não pode passar pelo contingenciamento de não receber verbas do governo federal para esta finalidade, já que somente oito por cento do território nacional foi pesquisado até agora, conforme revelou o próprio Haroldo Lima.
Tourinho se interessou pelo gás na região quando trabalhava no gabinete do secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Marcílio, durante o governo Bias Fortes. Naquela época ele ouviu relatos de fortes emanações de gás que saiam dos poços, quando os sondadores buscavam água no solo norte-mineiro.
Quando visitou Montalvânia pela primeira vez, ainda distrito de Manga, Genival relatou os fatos ao seu primo Antônio Lopo Montalvão, então prefeito do município. Este o levou até a praia do rio Cochá, abriu um buraco “de uns 30 centímetros e acendeu um fósforo, que provocou uma língua de fogo”. Constatou então que do Rio São Francisco até os contra fortes do Planalto Central o povo vive na miséria, mas em cima de um vasto lençol de petróleo e gás.
Quando deputado, Genival fez diversos pronunciamentos exortando o Governo Federal a prosseguir nas pesquisas. Mas só no governo Aécio Neves, elas tiveram prosseguimento, mesmo assim pelo governo do estado num primeiro momento.
Após estudos geológicos, a Brain Tecnologia, contratada pelo Estado, apresentou o documento “Identificação de Prospecto Exploratório e Avaliação do Potencial Petrolífero da Bacia do São Francisco” ao Governo de Minas e ao Conselho Nacional do Petróleo.
Genival Tourinho disse na audiência pública do Senado, na semana passada, que a partir da margem esquerda do rio São Francisco, o norte e noroeste mineiro, Bahia, além de Goiás, Brasília e Tocantins, podem ser diretamente beneficiados.
“São 192 mil quilômetros quadrados, num solo extremamente parecido com o da Sibéria”, destaca o ex-deputado.
O estudo da Brain Tecnologia mostra que os poços localizados em Remanso do Fogo e Montalvânia apresentaram indícios significativos de gás, o que foi constatado pela própria Petrobrás no ano passado, novamente, e pelas OIL-N&S, ORTEMG/CODEMIG e pela argentina SISCO OIL+GÁS.
“As ocorrências de seeps de gás (exsudações de gás nas localidades de Alto Paracatu e Remanso do Fogo) bem com estudos geológicos de campo, amostragem geoquímica e informações decorrentes de dados sísmicos, concorrem para tornar esta parte da Bacia do São Francisco bastante auspiciosa no que se refere à ocorrência comercial de hidrocarbonetos”, diz o estudo.
Genival participou em Brasília, no último dia 27 de março, como convidado especial, da audiência pública do Senado onde se discutiu a exploração do gás na região. A audiência havia sido solicitada pelo senador Eduardo Azeredo, e contou com a presença de vários deputados estaduais e federais norte-mineiros, entre eles Humberto Souto. O ex-deputado, cassado no Governo Geisel na década de 1980, por ter denunciado a Operação Cristal, lembrou ao presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que fazia parte da mesa, juntamente com ele, Guilherme Estrela e Magna Silva, estes dois diretores de Perfuração e Exploração da Petrobrás, dos poços perfurados, e revelou o resultado da pesquisa realizada naquela época.
Haroldo Lima, presidente da ANP, havia mencionado que na década de 1970 a empresa havia realizado três perfurações no solo mineiro. Genival o corrigiu: foram quatro, e em três poços o resultado havia sido positivo. Estes poços estão nos municípios de Três Marias, Buritizeiro e Montalvânia.
Lima reclamou ainda que a Agência tem pouca verba para trabalhar em pesquisas. Isto fez Genival Tourinho lembrou ao presidente que a Agência é reguladora, e não pode passar pelo contingenciamento de não receber verbas do governo federal para esta finalidade, já que somente oito por cento do território nacional foi pesquisado até agora, conforme revelou o próprio Haroldo Lima.
Tourinho se interessou pelo gás na região quando trabalhava no gabinete do secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Marcílio, durante o governo Bias Fortes. Naquela época ele ouviu relatos de fortes emanações de gás que saiam dos poços, quando os sondadores buscavam água no solo norte-mineiro.
Quando visitou Montalvânia pela primeira vez, ainda distrito de Manga, Genival relatou os fatos ao seu primo Antônio Lopo Montalvão, então prefeito do município. Este o levou até a praia do rio Cochá, abriu um buraco “de uns 30 centímetros e acendeu um fósforo, que provocou uma língua de fogo”. Constatou então que do Rio São Francisco até os contra fortes do Planalto Central o povo vive na miséria, mas em cima de um vasto lençol de petróleo e gás.
Quando deputado, Genival fez diversos pronunciamentos exortando o Governo Federal a prosseguir nas pesquisas. Mas só no governo Aécio Neves, elas tiveram prosseguimento, mesmo assim pelo governo do estado num primeiro momento.
Após estudos geológicos, a Brain Tecnologia, contratada pelo Estado, apresentou o documento “Identificação de Prospecto Exploratório e Avaliação do Potencial Petrolífero da Bacia do São Francisco” ao Governo de Minas e ao Conselho Nacional do Petróleo.
Genival Tourinho disse na audiência pública do Senado, na semana passada, que a partir da margem esquerda do rio São Francisco, o norte e noroeste mineiro, Bahia, além de Goiás, Brasília e Tocantins, podem ser diretamente beneficiados.
“São 192 mil quilômetros quadrados, num solo extremamente parecido com o da Sibéria”, destaca o ex-deputado.
O estudo da Brain Tecnologia mostra que os poços localizados em Remanso do Fogo e Montalvânia apresentaram indícios significativos de gás, o que foi constatado pela própria Petrobrás no ano passado, novamente, e pelas OIL-N&S, ORTEMG/CODEMIG e pela argentina SISCO OIL+GÁS.
“As ocorrências de seeps de gás (exsudações de gás nas localidades de Alto Paracatu e Remanso do Fogo) bem com estudos geológicos de campo, amostragem geoquímica e informações decorrentes de dados sísmicos, concorrem para tornar esta parte da Bacia do São Francisco bastante auspiciosa no que se refere à ocorrência comercial de hidrocarbonetos”, diz o estudo.
A descoberta de grandes reservas comerciais de hidrocarbonteos, principalmente gás, em bacias proterozóicas na Sibéria (Rússia), China, Estados Unidos e Austrália, quebrou paradigma de que tais bacias, semelhantes à do Rio São Francisco (formada no neoproterozóico), não seriam viáveis para a produção de óleo e gás.
O diretor da Petrobras Guilherme Estrela, acha que, se os estudos da empresa estiverem corretos, tal possibilidade significaria, concretamente, o início da exploração de gás, ou mesmo gás e óleo, em Minas Gerais.
Pode, por conseguinte, se estabelecer uma nova Matriz Energética no interior do Brasil, consubstanciando-se em uma fantástica fonte de riqueza e trabalho para uma das regiões mais carentes de nosso Estado e nosso país.
O diretor da Petrobras Guilherme Estrela, acha que, se os estudos da empresa estiverem corretos, tal possibilidade significaria, concretamente, o início da exploração de gás, ou mesmo gás e óleo, em Minas Gerais.
Pode, por conseguinte, se estabelecer uma nova Matriz Energética no interior do Brasil, consubstanciando-se em uma fantástica fonte de riqueza e trabalho para uma das regiões mais carentes de nosso Estado e nosso país.
Apesar da data, primeiro de abril, a matéria acima merece toda a credibilidade.