Mostrando postagens com marcador DE CABS PARA MICHAEL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DE CABS PARA MICHAEL. Mostrar todas as postagens

2.7.09


DE CABS PARA MICHAEL
Pensamos que talvez pudéssemos ter escrito, o que se vai, por ocasião da morte de Oscar Wilde. Wilde, em seu leito de morte em Paris, no hôtel des Artistes, disse: “Acho que vou morrer acima de minhas posses...” Sustentávam-no alguns amigos, pesquisem. Em 1905, ontem, por sinal dia de sua morte, segundo o tempo de Proust, não estávamos lá. Wilde rompeu com alguns parâmetros de sua época e pagou muito caro pelo feito – ou o não feito... Bem, esqueçamos o poeta, o dramaturgo, o ator, o gênio do aforismo – paradoxal! Aff, vivenciamos um novo tempo!
Sobre o chamado mundo pop, esfera não raras vezes alheia à atmosfera dominante entre nouveaux riches, parvenus, rastaqueras ou coisa que o valha, qualquer interpretação pode tender ao absurdo. O absurdo, característica eminentemente humana (você já viu algum animal rir?), faz parte de nós, humanos. Máxima sabida é aquela, como é mesmo? Ah, algo assim: quem nunca comeu melado, quando come se lambuza... Verdade fática, insofismável, no entanto, quem não quer se besuntar?
Deixemos de sofismas, interesses ocultos e, porque não dizer, vezes muitas, inconfessáveis. Fale para todos que você quer brilhar, ser feliz, inteligente, talvez bonito e rico, riquíssimo! Não é o que o que quase todos querem? Expanda a sua alegria! E, também, coerentemente, não lhes oculte suas mazelas, suas cruzes, que, sinceramente, esperamos não sejam muitas...
Vivemos de mitos, sugamos mitos, os de nós que não fomos, não somos ou seremos mitos. Minto? Assim, sofremos e gozamos a cruxifixão do Cristo, a execução de reis, e presenciamos com a indiferença costumeira a sentença de morte apenada, sempre à revelia da Justiça, a um zé ninguém qualquer, não mito... Instinto de sobrevivência, coisa nojenta? Assim somos nós, mal feitos e pior acabados. Que fazer?