Participei hoje (26.03.2008) de um encontro entre blogueiros e jornalistas para discutir mídia social realizado hoje aqui na Editora Globo. Entre os blogueiros, estavam Wagner Fontoura, do Boombust, Pedro Markun, do Jornal de Debates, Ricardo Cabianca, do Cabianca.net, Rafael Ziggy, do Sim, Viral, Jobson Lemos, do Secundum, e Guilherme Valadares, do Papo de Homem. Também participaram Manoel Fernandes, da revista Bites, como mediador e profissionais que lidam diretamente com o tema, como Marcelo Coutinho, do Ibope, Aloísio Sotero, da Dufry, e Renne de Paula da Microsoft. Para mediar o debateConfira os principais assuntos discutidos no evento:
Conectar pessoas ao mundo da web 2.0: O diretor da W3 Geoinformação, Manoel Fernandes, responsável pela organização do workshop, diz que um dos principais trabalhos de sua empresa é conectar pessoas ao mundo da web 2.0. Segundo ele, o objetivo do evento será compartilhar informações e melhores práticas de blogueiros e empresas para ampliar o raio de atuação de jornalistas na rede.
Blogs são fenômeno no Brasil: Marcelo Coutinho, do Ibope Inteligência, abriu as discussões no auditório da Editora Globo. Coutinho iniciou a conversa mostrando alguns números da internet no Brasil. Segundo ele, nós lideramos o uso da internet em domicílio, em número de horas, no mundo. Também estamos na frente no acesso a comunidades, 78% dos brasileiros acessam esse tipo de site, seguido do Japão. Esses números mostram a importância desse fenômeno, de conteúdos baseados em comunidades e blogs, no Brasil.
Canal de comunicação com quem faz internet: Renné de Paula, da Evangelista Microsoft Brasil, diz que a sua função é criar um canal de comunicação com quem realmente faz internet. “O meu principal papel é criar pontes”, afirma. Renné participa da discussão “Conversas com hiperlinks: uma nova face para o jornalismo”.
Empreendedorismo na rede: O blogueiro Wagner Fontoura, do Boombust, diz como deixou a carreira executiva para ser empreendedor e utilizou a ferramenta de blogs para conseguir um canal de relacionamento com outros empreendedores e já faz negócios na web. Fontoura possui um blog sobre empreendedorismo dentro da blogosfera, além de fazer publicidade na internet e participar de um grupo com interesse na rede de blogs que ele trabalha.
Déficit de credibilidade: Jornalistas questionam os especialistas sobre o que define um bom blog. Marcelo Coutinho do Ibope afirma que a sociedade vive um defict de credibilidade e mostra dados de pesquisa da Nielsen. Os dados apontam que 80% de informações colaborativas sobre coisas e produtos são consideradas com credibilidade. As informações da imprensa aparecem com 40%. Coutinho diz que o ponto mais importante é mudar critérios para mudar a credibilidade. Para Coutinho, o que está em crise não é o jornalismo, mas o modelo de negócios do jornalismo. Segundo Renné de Paula, da Microsoft, não adianta apenas mudar as ferramentas, porque quem opera são as pessoas. “Se você quer construir credibilidade é preciso olhar para o público que você quer atingir”, diz. Para ele, para trazer à tona conteúdo de qualidade o segredo é fazer testes para saber se o que você está querendo adere ou não.
Comunicação em duas vias: Pedro Markun, do Jornal de Debates, abriu as discussões práticas sobre o uso de blogs para disseminar informações. Markun diz que o difícil não é aprender a usar as ferramentas, mas modificar a forma como as pessoas/marcas se comunicam. “A grande sacada é conseguir escrever e estar preparado para ver o que as pessoas acharam do que você escreveu. Essa é a base desse tipo de ferramenta, a comunicação em duas vias”, diz.
Crie conexões: O blogueiro Ricardo Cabianca, do Cabianca.net, desperta para a importância de criar conexões entre a informação e o que o público quer saber. Participar de redes sociais é escrever e ver os resultados gerados rapidamente. “Para quem participa de redes sociais, o mais bacana é ver o resultado do conteúdo que você próprio gerou. Por isso, é importante que quem é o autor da informação responda os posts imediatamente”, afirma.
Marketing Viral: O blogueiro Rafael Ziggy, que trabalha com Marketing Viral, diz que a intenção da publicidade, dentro do ambiente virtual, é a troca de informações para melhor conhecer os diversos públicos. O conceito de Marketing Viral ou Interativo foi explicado por ele como uma forma de agregar o valor do conteúdo ao da marca. ” A gente vive a era da réplica de conteúdo”, afirma Ziggy.
É preciso mudar a cultura: A discussão esquentou em torno da mudança de cultura para gerar blogs mais interessantes. O blogueiro Pedro Markun afirma que é preciso pensar na cultura e não na ferramenta. ”Para fazer blog é preciso disponibilizar tempo para isso”, diz Markun. Para ele, esse é um trabalho que os jornalistas irão enfrentar no futuro, como investir tempo para fazer blogs mais interessantes utilizando vídeos, podcasts e streaming.
O vírus: “O modelo de comunicação de massa está doente. O vírus que o ataca tem nome e endereço: mídia social”, diz Marcelo Coutinho, do Ibope. Para Pedro Markun, jornalista e blogueiro, as empresas de comunicação devem integrar os recursos interativos em suas próprias redações, desenvolvendo blogs e espaços de diálogo com o público. A apresentação continuou com discussões sobre ética jornalística, credibilidade do conteúdo divulgado pelos blogs e a interferência das marcas da imprensa na aproximação com os internautas.
Como escrever com palavras-chaves: O jornalista e blogueiro Jobson Lemos, do Secundum, abriu as discussões sobre como escrever com palavras-chave. Guilherme Valadares, do Papo de Homem, continuou a conversa mostrando que 70% do tráfego de blogs tem origem nos serviços de busca como o Google. “É preciso esse tipo de formato em mente para conseguir ser encontrado por quem faz a busca”, diz.
A ciência da Netnografia: Netnografia é a palavra que define o comportamento das pessoas e grupos sociais na web. É o que afirma Aloísio Sotero, BPO da Dufry, que apresenta números sobre o assunto. 71% dos internautas lêem comentários sobre produtos e informações, 63% estão mais propensos a comprar pela web, 42% das pessoas buscam comentários sobre os produtos na web antes de comprá-los. “É preciso entender as novas relações sociais para entrar nesse novo fenômeno”, diz.
Think violet: Aloísio Sotero, BPO da Dufry Brasil, foi o único dos palestrantes de hoje a fazer uma apresentação com a ajuda do Power Point. Ex-diretor da Gazeta Mercantil, Sotero passou os últimos quatros anos pesquisando novas formas de conversar com os consumidores das empresas onde trabalhou. Agora na Dufry ele parece ter encontrado o seu caminho. “Tudo se resume a uma conversa da marca com o seu cliente”, afirmou. Na prática significa que as companhias precisam entender quais são as palavras-chave do seu negócio. Essa premissa é fundamental para se entender a lógica do Ache-me. “Antes os clientes buscavam as marcas, agora é preciso encontrá-las dentro do vasto e exponencial bancos de dados que é o Google. Outro ponto bem interessante da apresentação de Sotero foi sua apresentação do conceito do bônus demográfico e os impactos desse movimento populacional no mundo dos negócios, incluindo o mercado de mídia. “Estamos diante de uma grande oportunidade de reinvenção de conceitos que praticamos até aqui.” Outro conceito apresentado por Sotero está diretamente ligado a expressão inglesa Spin Room. O princípio aqui é criar uma propagação em toda a rede, utilizando as ferramentas disponíveis, dos conteúdos gerados a partir de fontes traducionais de informação.
Conectar pessoas ao mundo da web 2.0: O diretor da W3 Geoinformação, Manoel Fernandes, responsável pela organização do workshop, diz que um dos principais trabalhos de sua empresa é conectar pessoas ao mundo da web 2.0. Segundo ele, o objetivo do evento será compartilhar informações e melhores práticas de blogueiros e empresas para ampliar o raio de atuação de jornalistas na rede.
Blogs são fenômeno no Brasil: Marcelo Coutinho, do Ibope Inteligência, abriu as discussões no auditório da Editora Globo. Coutinho iniciou a conversa mostrando alguns números da internet no Brasil. Segundo ele, nós lideramos o uso da internet em domicílio, em número de horas, no mundo. Também estamos na frente no acesso a comunidades, 78% dos brasileiros acessam esse tipo de site, seguido do Japão. Esses números mostram a importância desse fenômeno, de conteúdos baseados em comunidades e blogs, no Brasil.
Canal de comunicação com quem faz internet: Renné de Paula, da Evangelista Microsoft Brasil, diz que a sua função é criar um canal de comunicação com quem realmente faz internet. “O meu principal papel é criar pontes”, afirma. Renné participa da discussão “Conversas com hiperlinks: uma nova face para o jornalismo”.
Empreendedorismo na rede: O blogueiro Wagner Fontoura, do Boombust, diz como deixou a carreira executiva para ser empreendedor e utilizou a ferramenta de blogs para conseguir um canal de relacionamento com outros empreendedores e já faz negócios na web. Fontoura possui um blog sobre empreendedorismo dentro da blogosfera, além de fazer publicidade na internet e participar de um grupo com interesse na rede de blogs que ele trabalha.
Déficit de credibilidade: Jornalistas questionam os especialistas sobre o que define um bom blog. Marcelo Coutinho do Ibope afirma que a sociedade vive um defict de credibilidade e mostra dados de pesquisa da Nielsen. Os dados apontam que 80% de informações colaborativas sobre coisas e produtos são consideradas com credibilidade. As informações da imprensa aparecem com 40%. Coutinho diz que o ponto mais importante é mudar critérios para mudar a credibilidade. Para Coutinho, o que está em crise não é o jornalismo, mas o modelo de negócios do jornalismo. Segundo Renné de Paula, da Microsoft, não adianta apenas mudar as ferramentas, porque quem opera são as pessoas. “Se você quer construir credibilidade é preciso olhar para o público que você quer atingir”, diz. Para ele, para trazer à tona conteúdo de qualidade o segredo é fazer testes para saber se o que você está querendo adere ou não.
Comunicação em duas vias: Pedro Markun, do Jornal de Debates, abriu as discussões práticas sobre o uso de blogs para disseminar informações. Markun diz que o difícil não é aprender a usar as ferramentas, mas modificar a forma como as pessoas/marcas se comunicam. “A grande sacada é conseguir escrever e estar preparado para ver o que as pessoas acharam do que você escreveu. Essa é a base desse tipo de ferramenta, a comunicação em duas vias”, diz.
Crie conexões: O blogueiro Ricardo Cabianca, do Cabianca.net, desperta para a importância de criar conexões entre a informação e o que o público quer saber. Participar de redes sociais é escrever e ver os resultados gerados rapidamente. “Para quem participa de redes sociais, o mais bacana é ver o resultado do conteúdo que você próprio gerou. Por isso, é importante que quem é o autor da informação responda os posts imediatamente”, afirma.
Marketing Viral: O blogueiro Rafael Ziggy, que trabalha com Marketing Viral, diz que a intenção da publicidade, dentro do ambiente virtual, é a troca de informações para melhor conhecer os diversos públicos. O conceito de Marketing Viral ou Interativo foi explicado por ele como uma forma de agregar o valor do conteúdo ao da marca. ” A gente vive a era da réplica de conteúdo”, afirma Ziggy.
É preciso mudar a cultura: A discussão esquentou em torno da mudança de cultura para gerar blogs mais interessantes. O blogueiro Pedro Markun afirma que é preciso pensar na cultura e não na ferramenta. ”Para fazer blog é preciso disponibilizar tempo para isso”, diz Markun. Para ele, esse é um trabalho que os jornalistas irão enfrentar no futuro, como investir tempo para fazer blogs mais interessantes utilizando vídeos, podcasts e streaming.
O vírus: “O modelo de comunicação de massa está doente. O vírus que o ataca tem nome e endereço: mídia social”, diz Marcelo Coutinho, do Ibope. Para Pedro Markun, jornalista e blogueiro, as empresas de comunicação devem integrar os recursos interativos em suas próprias redações, desenvolvendo blogs e espaços de diálogo com o público. A apresentação continuou com discussões sobre ética jornalística, credibilidade do conteúdo divulgado pelos blogs e a interferência das marcas da imprensa na aproximação com os internautas.
Como escrever com palavras-chaves: O jornalista e blogueiro Jobson Lemos, do Secundum, abriu as discussões sobre como escrever com palavras-chave. Guilherme Valadares, do Papo de Homem, continuou a conversa mostrando que 70% do tráfego de blogs tem origem nos serviços de busca como o Google. “É preciso esse tipo de formato em mente para conseguir ser encontrado por quem faz a busca”, diz.
A ciência da Netnografia: Netnografia é a palavra que define o comportamento das pessoas e grupos sociais na web. É o que afirma Aloísio Sotero, BPO da Dufry, que apresenta números sobre o assunto. 71% dos internautas lêem comentários sobre produtos e informações, 63% estão mais propensos a comprar pela web, 42% das pessoas buscam comentários sobre os produtos na web antes de comprá-los. “É preciso entender as novas relações sociais para entrar nesse novo fenômeno”, diz.
Think violet: Aloísio Sotero, BPO da Dufry Brasil, foi o único dos palestrantes de hoje a fazer uma apresentação com a ajuda do Power Point. Ex-diretor da Gazeta Mercantil, Sotero passou os últimos quatros anos pesquisando novas formas de conversar com os consumidores das empresas onde trabalhou. Agora na Dufry ele parece ter encontrado o seu caminho. “Tudo se resume a uma conversa da marca com o seu cliente”, afirmou. Na prática significa que as companhias precisam entender quais são as palavras-chave do seu negócio. Essa premissa é fundamental para se entender a lógica do Ache-me. “Antes os clientes buscavam as marcas, agora é preciso encontrá-las dentro do vasto e exponencial bancos de dados que é o Google. Outro ponto bem interessante da apresentação de Sotero foi sua apresentação do conceito do bônus demográfico e os impactos desse movimento populacional no mundo dos negócios, incluindo o mercado de mídia. “Estamos diante de uma grande oportunidade de reinvenção de conceitos que praticamos até aqui.” Outro conceito apresentado por Sotero está diretamente ligado a expressão inglesa Spin Room. O princípio aqui é criar uma propagação em toda a rede, utilizando as ferramentas disponíveis, dos conteúdos gerados a partir de fontes traducionais de informação.
Para quem se interessa pelo assunto, seja blogueiro ou não, sempre é interessante discutir um tema ainda pouco claro como mídia social e seu papel na era da informação. Diferentes pontos de vista sempre contribuem para entender em que pé estamos e para onde estamos indo. E, em meio a tantos temas e correntes de pensamento, a uma conclusão a que se chega é tudo ainda é muito novo para se propagar verdades absolutas. E viva as discordâncias!