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18.8.10

VAMOS PRESTIGIAR, GALERA!***

Textos:
Ademir Fialho - Augusto Vieira - Carlos Lindenberg - Eduardo Lima - Felipe Gabrich - Haroldo Tourinho - Luiz Milton Velloso Costa - Marcia Vieira - Murilo Antunes - Nilo Pinto - Paulo Henrique Souto - Raphael Reys - Ruth Tupinambá - Tião Martins - Tininho Silva - Virgilio de Paula - Virginia de Paula - Walmor de Paula.
Nota Inicial
Tempos atrás, já faz muitos anos, as crianças de Montes Claros brincavam de "bath", ou "Bentes Altas", como era conhecido por alguns, um jogo de duplas, batedores e rebatedores, cujas regras eram semelhantes ao baseball americano. Utilizando uma bola feita de meias velhas, o objetivo do jogo era derrubar uma base dos adversários, construída em forma de um pequeno tripé feito de cabos de vassouras serrados a uma altura de 20 cm. Brincava-se, também, de "Guerau", em bom inglês "getout", uma estereotipada imitação dos filmes seriados de cowboys, mocinhos e bandidos. Outra brincadeira era a de bolinha de gude, que, naquela época, jogava-se chamando os parceiros para jogar good please. Não se sabe exatamente o porque desta influência do bom estilo norte-americano. As meninas brincavam de queimada, de fazer comidas de"guisado" no fundo dos quintais, de pique-esconde, chicotinho-queimado e de "Era uma vez uma vaca Vitória". Passaram-se muitos anos. Os meninos viraram adolescentes e tomaram seus rumos. Casaram-se e mudaram dali. Cinquenta anos se passaram e a maioria perdeu o contato entre si. No início deste ano, alguns daqueles meninos, que ainda se viam volta e meia, resolveram se juntar e tiveram uma grande ideia: reunirem-se em uma festa e resgatar a história de suas vidas. No dia 23 de fevereiro de 2008, durante a comemoração do aniversário de um deles, o Marcos Aurélio "Picolino", em Belo Horizonte, surgiu a ideia de promover uma festa reunindo aqueles amigos que fizeram 60 anos, nesse ano, um pouco a mais ou a menos. Como havia aniversariantes espalhados pelos mais diversos lugares do país, criou-se um blog com a finalidade de coletar ideias e sugestões durante a etapa de organização da festa, que aconteceria no dia 15 de novembro do mesmo ano de 2008. O local seria a cidade de Montes Claros, cidade natal daquela turma de amigos. Com o blog se construiu, coletivamente, uma forte relação com os participantes que se prontificaram a ser patrocinadores do evento e que estavam dispostos a arcar com as despesas gerais da realização da festa. A essa altura, ela já se apresentava como um acontecimento de médio porte, para mais de 150 pessoas, e precisava ser tratada de forma profissional: aluguel de espaço, contratação de bufett, garçons, música, segurança e demais providências. Durante esse período de divulgação da festa, foram publicadas, no blog algumas crônicas enviadas pelos participantese que falavam sobre reminiscências do passado envolvendo alguns membros da turma. As histórias publicadas foram um sucesso e, ao longo da publicação destes textos, surgiu, nos comentários do blog, a ideia de colecioná-los e publicá-los em forma de um livro. Utilizando-se também da internet, foi escolhida uma ferramenta de editoração de textos e documentos de forma colaborativa que passou a ser utilizada e, então, tomou corpo a ideia de se publicar um livro de crônicas sobre Montes Claros, dos anos 50 a 70, escrito pelos participantes da festa. Após a seleção das crônicas, realizada por uma comissão de jornalistas, e da revisão das mesmas por um copy desk, partimos para a utilização da internet para circular entre os autores os textos enviados. Este software estabelece e determina duas categorias de participantes: o de leitor, cujos comentários e sugestões são feitos por e-mail, e os colaboradores, que compartilham a redação e revisão dos textos com seus autores. O gerenciador do projeto realiza este credenciamento a pedido de cada um dos componentes do grupo. O livro, que ainda não tinha nome, provisoriamente estava sendo chamado de "Projeto Livro 1948". Éramos, então, mais de 40 pessoas trabalhando no projeto. Foi informado aos participantes que quem quisesse escrever suas memórias ou contar, simplesmente, casos interessantes ou engraçados daquela época envolvendo personagens conhecidas, e tivesse dificuldade em redação, deveria enviar ume-mail solicitando instrução sobre a utilização do serviço de ghost writing e revisores. O caso poderia ser gravado em um arquivo digital de som ou mesmo em fita e depois transcrito e melhor formatado. Quanto ao nome do livro, algumas ideias foram sugeridas e estas são algumas delas:"Moc City. Histórias que não têm fim";"O que ficou do que passou";"Montes Claros nunca mais será a mesma" (pequenas históriasde uma turma inesquecível);"Como crescer e fazer amigos em uma terra de gado, pequi e poeira";"Éramos felizes e sabíamos";"A gente era feliz e sabia";"A história de um grupo de moças e rapazes que mexeram com a terra de Figueiras";"Elas e eles na terra de Figueiras - Montes Claros e sua gente"; "Receita para ser feliz - Montes Claros e sua gente";"Montes Claros - o barulho que eles e elas fizeram";"Esse pessoal montes clareou a valer";"Montes Claros nunca mais será a mesma", o ponto devista de uma geração feliz";"As quatro estações de 48";"Nós somos Bregas, mas somos Chiques!";"Montes Claros era assim...";"60 é o recomeço!". Finalmente, através de um processo de tempestade cerebral e algumas brigas, foi eleita a melhor sugestão, dada pelo nosso colega o compositor e poeta Murilo Antunes: Éramos felizes e sabíamos. Âncora no Aqui e Agora" Geraldo Maurício Pessoas de meia-idade, homens e mulheres indistintamente, a uma certa altura do seu amadurecimento deixam-se levar por recordações saudosas de seu tempo de juventude e costumam retornar a lugares conhecidos e reviver situações passadas. Este comportamento de fuga é bastante frequente, principalmente após a perda dos pais ou parentes próximos. Esta é uma típica manifestação de crise da idade adulta perante a inexorabilidade da morte. O presente quase sempre é desagradável, apresenta uma alta dose de perigo e risco, uma vez que é sempre desconhecido e imprevisível, sendo, frequentemente, um ato de desempenho solitário. É natural que se busque nas lembranças de tempos anteriores um referencial para reprisar acontecimentos bons, que, invariavelmente, acontecem na infância e na adolescência. Nestas viagens pelo tempo, quando se descobre que opassado já não mais existe ou as situações não são mais as mesmas, a possibilidade de frustração é muito grande. De modo geral, estas lembranças fazem parte da história encenada pelos pais e somente coadjuvada pelos filhos. Quando isto não é verdadeiro e as ações rememoradas, foram iniciadas e protagonizadas pelos próprios adolescentes, mesmo assim todo o patrocínio, cenários, causas, consequências e responsabilidades são creditadas a seus pais. Se, nesta viagem, é feita esta descoberta, assumindo-se a consciência de que este passado não era todo e só seu e que não se tinha nenhum controle sobre ele, percebe-se que a atual história do viajante é mais importante, pois é real e tem a possibilidade de transcender em futuro. Esta consciência é adquirida junto com a certeza de que se pode ser comandante do seu próprio destino e não um turista em um roteiro de lembranças. Nesta hora, deitar âncora no "aqui e agora" é o único mecanismo de retomada da realidade. (Geraldo Maurício, Nenzão, coordenador do projeto do livro)

NOITE QUENTE NO KENTURA KENTE

CRÔNICA DE RAPHAEL REYS SOBRE O EVENTO

Sábado 21 últimos, área reservada do Restaurante Kentura Kente, point da noite e oráculo dos tomadores de loura gelada. Chego às 19: hs e encontro, já instalado no átrio o jornalista Paulo Narciso, paramentado de discípulo do mestre Zanza e acompanhado de sua alma gêmea, a escritora Raquel Souto.Logo, Nenzão Maurício adentrou a nave de Baco com sua alegre Patrícia. Trazia armas e bagagens e os exemplares do nosso livro “Éramos Felizes e Sabíamos”. Joselito, o secretário executivo de Virgínia de Paula comandou a venda.Um a um foram chegando os componentes da galera de escritores tupiniquins, filhos diretos ou adotados de Figueira, com seus familiares e convidados. Nilo Pinto e Amália Drumond felizes com a organização nos trinques. Virgínia de Paula com um penteado chique arrasou com seu charme, vestida de preto para matar. Segundo o cabeceira tupiniquim Eduardo Lima, ela parecia uma debutante.A noite era de acadêmicos, jornalistas, músicos, escritores, convidados.Yvonne Silveira, a presidenta da Academia Montesclarense de Letras foi ovacionado ao chegar. Presentes os escritores Petrônio Braz, presidente da Aclesia (Academia de Ciência e Artes do São Francisco) e Dário Cotrin, presidente do IHGMC (Instituo Histórico e Geográfico de Montes Claros).A imprensa marcou comparecimento em massa, atendendo ao nosso apelo e engrandecendo o evento. Luiz Carlos Novaes, editor do Jornal de Notícias e sua esposa, Hermano Konstantino, editor do Gazeta do Norte de Minas, Paulo Narciso e Raquel, da rádios 98 AM e FM e do site www.montesclaros.com, Angelina Antunes, editora do Caderno Mulher, do Jornal de Notícias, Márcia Yellow fazendo a cobertura fotográfica para o seu Dzai, Felicidade Tupinambá, coordenando a equipe da TV Canal 20 e muitos outros que logo se misturaram a alegria da festa.Ambiente naturalmente descontraído de almas afins.Amália Drumond abriu a solenidade e foi seguido pelo sociólogo e líder da trupe, Geraldo Maurício que discursou sobre a obra e saudou a todos. A acadêmica Yvonne Silveira falou de improviso e como sempre abrilhantou o evento. Efusivamente aplaudida.Velhos amigos, velhos amores, conhecidos que se reencontraram entre muitas lágrimas, amplexos e ósculos.Ucho Ribeiro, o pai da idéia literária, leu uma recente crônica publicada com a alma cheia de contentamento. Seu irmão Fred e familiares eram só alegria e animação. Presença maciça das famílias: Deusdará, Narciso, a acadêmica Milene Coutinho, capitaneando os Maurício.Juquita Queiroz e seu Grupo de Chorinho Geraldo Paulista (Tião, Wanderdayk, Raphael, Jonathan e Kollek) com um repertório de bossa nova e balanço violaram nossos corações com recordações do puro som do Beco das Garrafadas. Instrumentistas, cantores, performances se sucederam, solo, dupla e trio. Pura magia curraleira!Haroldo Cabaret com Tiupas, lembrando Os Brucutus, Nenzão, Geraldo Carne Preta, um show popular e luxuriento mostrou panca de artista. Cantaram bossa nova, Valéria Mascarenhas e Juliana Peres. O músico Yuri Popoff fechou a noite com chave de ouro.A animação tomou conta dos corações e Antonieta Fernandes que alem de cantar em dupla com Nenzão Maurício, dançou um pá de deux tropical com Ademir Fialho (sempre de fogo e penducando o equilíbrio). Outros casais animaram a pista.Numa mesa só de capa de revista, o reflexo da luz dos spots nos cabelos louros de quatro beldades de fechar quarteirão. A charmosa jornalista Angelina Antunes, a beleza grega da artista plástica Conceição Melo, o charme quase fatal de Márcia Yellow e a graça da socialite Mirian.Em virtude das festas de agosto e com a cidade cheia de turistas, visitas e parentes vindos de fora, muitos telefonaram e passaram e-mail comunicando a impossibilidade de estarem presentes fisicamente.Aviso aos navegantes. O livro será lançado brevemente no Rio de Janeiro, sob a coordenação do cineasta Paulo Henrique Souto. Logo estaremos editando o segundo livro da turma. Vem coisa por aí!